quarta-feira, 13 de maio de 2015

Com pagamento em dia e reajuste do piso, professores de Nova Olinda voltam às salas de aula

Após dez dias de mobilização intensa, os professores de Nova Olinda do Maranhão encerraram, no dia 30 de abril, a greve no município. A suspensão do movimento ocorreu após a prefeitura regularizar a folha de pagamento dos trabalhadores em educação, incluindo o reajuste nacional do piso do magistério nos contracheques. Desde o ano passado, a categoria cobrava a regularização dos pagamentos atrasados e, no começo desde ano, também incluiu a reposição do piso de 13,01% na campanha salarial da categoria.


A greve, que começou no dia 20 de abril, foi organizada pelo núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) no município como último instrumento para pressionar a prefeitura a pagar os salários atrasados. Antes da decretação da greve, os trabalhadores buscaram o Ministério Público para pedir apoio e conseguiram até a assinatura de um Terno de Ajustamento de Conduta (TAC), mas o município não cumpriu a sua parte.

Com dez dias de atividades de ruas, a prefeitura anunciou a regularização dos salários e também o reajuste do piso. A assembleia que decretou a volta às aulas ocorreu após o ato público do dia 30 de abril, data em que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realizou a greve nacional da educação.

Preocupados com a imagem, os professores aproveitaram o mesmo dia para exibir um vídeo, retratando os principais momentos do movimento grevista e apresentar à sociedade a importância dos profissionais em lutar pela educação pública.

PARA WEB - GREVE NOVA OLINDA 2015 2 

LUTA CONTINUA – Segundo o coordenador do núcleo, professor Renato, a regularização do pagamento foi uma vitória importante, mas não responde às demandas dos trabalhadores em educação. Para avançar na oferta do ensino público de qualidade, ainda falta a prefeitura realizar concurso público para preencher o déficit de profissionais na rede.

Outra bandeira é o abono do Fundeb, que desde 2012 é negligenciado pelo gestor público. Na parte de infraestrutura, a prefeitura precisa construir mais escolas públicas, reformar as unidades que estão oferecendo risco às crianças e também garantir a merenda escolar.

“A luta do nosso núcleo sindical tem sido árdua contra muitos desmandos da gestão municipal. Obtivemos êxito nesta batalha, porém a busca por novas conquistas para a classe não vai parar”

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